‘Vou pelos caminhos brandos, a minha proposta é boa, eu sei!’

[Vanessa da Mata]

Deu no jornal

Aqui, você fica por dentro de tudo que a mídia publica sobre Vanessa da Mata. Vamos prestar atenção no que andam dizendo por aí!


Imagem CULT: Vanessa da Mata lança novo material fonográfico “Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias”

Por Thiago Marinho

Nesta semana, a cantora e compositora Vanessa da Mata lançou seu 4° CD de estúdio “Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias“. Com 34 anos de idade, a “arrupiada” é sucesso de público e de crítica, mas não quer saber do título de nova diva da MPB.
Vanessa foi gravada pela primeira vez por Maria Bethânia em 1999 com a música “A Força Que Nunca Seca”. De lá para cá não parou mais… e quem ganhou com isso? Nós amantes de música de qualidade!
“Bicicletas” traz muitas influências africanas. Nas 12 faixas, Vanessa traz seu universo pessoal, sim, mas pleno de referências que dialogam com o ouvinte. Entre os destaques está “Bolsa de Grife”, que, além de uma letra feita para ser uma crítica de costumes, tem um trabalhado arranjo com guitarras maravilhosas do cearense Fernando Catatau, da banda Cidadão Instigado.
Já em ” Tal Casal”, que já é uma das campeãs de execução nas rádios, a cantora mostra sua veia romântica, algo que já fez sucesso em álbuns anteriores. Em “Fiu Fiu”, outra crítica de costumes tem uma “batidinha” que é a cara de Vanessa. Além do lançamento fonográfico, a cantora  também está escrevendo um romance, já disputado por duas editoras brasileiras. O dom das letras ela domina. Isso não temos como negar.
A música que dá nome ao lançamento “Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias” é um homenagem a nossa infância que deixamos esquecer por preocupações cotidianas. Quando Vanessa entoa a primeira frase: “vá Didi, vai comprar leite e açúcar, no mercadinho que é mais perto…” eu fechei os olhos e lembrei da minha mãe pedindo para eu ir comprar mantimentos na “budega” com a caderneta de fiado, senti cheiro, gostos e voltei no tempo. Isso é maravilhoso em Vanessa, esse resgate das alegrias simples de nossa existência.

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As alegrias miúdas de Vanessa da Mata
Por Talles Colatino, da Folha de Pernambuco   
Adélia Prado, Manoel de Barros e Cora Coralina encontraram a relevância na história da poesia brasileira através de uma poética que encontrava na banalidade do cotidiano espaços para epifanias densas. A vida no campo, com suas imagens que registravam desde pequenos insetos, passando pelas guloseimas no forno e as histórias de herança oral, até atingir as relações do "eu" com o espaço interiorano, fazia da obra desses três poetas um lugar de transformação daquilo que, em tese, seria abstrato, em matéria tátil. A perplexidade e o encanto com esse cotidiano ativa o que há de mais afetivo na memória de quem teve contato com essa vida simples. Algo como acontece na obra de Vanessa da Mata, que atinge seu ápice em "Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias", seu novo CD.

Vanessa é um caso raro de artista recente que consegue equilibrar o fato de ser extremamente radiofônica e imprimir em seu trabalho traços de autoria respeitáveis. Seu novo disco foi feito num intervalo curto de quatro meses, a convite do selo Natura Musical. O tempo resumido, porém, se mostrou mais que suficiente para a cantora mato­grossense revelar que sua angústia artística vai além do conforto das fórmulas para tocar na FM. Vanessa da Mata aproxima a experimentação sonora à sua poética brejeira, embalando suas letras que continuam a evocar lembranças doces e amores realizados ou não. Algo como aconteceu com "Sim", seu álbum anterior. A diferença é que, agora, Vanessa se permite uma leveza maior, concedendo ao disco a qualidade de uma brincadeira gostosa, como sendo ela uma das outras alegrias que o título do álbum se refere.

Manter a parceria com Kassin - responsável por grandes discos como o "Ventura", do Los Hermanos, e o "Cê", de Caetano Veloso - trouxe à cantora a possibilidade de expandir junto com a criatividade do produtor. O melhor exemplo disso está em "Bolsa de Grife", um baião psicodélico que atinge a melhor das possibilidades que a música pop pode oferecer. É como se Os Mutantes estivessem cantando sobre as obsessões da autoafirmação através de marcas e grifes. Outra crítica social vem embalada como um arranjo suingado e divertido através de "Fiu Fiu". Nela, versos como "Homens, nós não nos entendemos como antes/ Eles adoram mulheres airbag / E nós emagrecemos para as amigas e inimigas todas" colocam em xeque o, ora amado, ora odiado, assovio para as mu­lheres.


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Programa: as alegrias miúdas de Vanessa da Mata




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"A bebedora de sóis" [Release do novo disco de Vanessa da Mata]
 Por Mia Couto

Leveza é a palavra. Depois de escutar o novo disco de Vanessa da Mata é essa a palavra que flutua dentro de mim, como eu mesmo, perdido do peso e de outras gravidades, me sinto capaz de sonho e viagem. Entender não é exactamente o que se quer, depois dessa inundação. Acredito, no entanto, que essa leveza surge pelo talento de Vanessa para costurar palavra e som, como se ela soubesse que poesia e música são dois nomes de uma mesma linguagem divina. Esta nova obra de Vanessa é um tapete de fiações diversas, como tecida de vidas foi a sua própria vida. Citando a própria autora, são "palavras que rezam", palavras para serem ditas pelo corpo, canções para se ver versos.

Acertei com Vanessa escrever umas tantas linhas para este disco estava eu, há uma semana, saindo do Brasil para Moçambique. Durante a viagem de regresso, me compenetrei que eu precisava conhecer melhor o trabalho dessa jovem, mas já consagrada compositora e intérprete brasileira. O que eu conhecia, porém, já me levara à aceitação da incumbência, como um adolescente entusiasmo. Eu tinha encontrado a cantora no ano anterior, num restaurante do Rio. Na altura, já me havia apaixonado por canções dela que me tomaram pela cintura e me conduziram a poéticas vagueações.


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http://www.vanessadamata.com.br/artigo-blog/a-bebedora-de-sois